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domingo, 30 de janeiro de 2011

Ela disse Adeus e chorou




 Relato de Mateus

Aquele que seria o nosso último encontro foi lindo, me lembro bem das elegantes roupas de inverno que ela vestia, do seu perfume, do clima romântico e triste daquela noite devido às circunstâncias e até da sua insistência em não me deixar ver a foto de sua carteira de identidade...

Quando o encontro terminou fui levá-la embora; foi uma despedida muito triste, que pensávamos ser definitiva. Felizmente não foi. Mas as lágrimas daquela noite ficaram marcadas de uma bela forma em nossa memória.


Relato de Raquel

Passamos um mês de contos de fadas, trocamos mensagens, telefonemas, e-mails, tudo... Saímos mais duas vezes depois que nos beijamos, sendo a última um das noites mais felizes e tristes das nossas vidas, era pra ser o último dia, o último encontro. Lembro que me arrumei e fui encontrá-lo, ele estava lindo e já me recebeu com um beijo, eu já o chamava de amor, ele sempre foi muito fofo comigo, sempre muito lindo. Fomos para um restaurante na Pampulha, onde tudo começou, foi um encontro inesquecível, acho que nunca choramos tanto. Sentíamos que ia ser realmente a despedida do nosso amor, fizemos bilhetes no guardanapo para ler somente quando chegar em casa, ele já ia embora no dia seguinte, depois de muito choro eu fui embora com o coração na mão, chegando em casa li o bilhete que dizia: 

Raquel
Quando já estava próximo de perder as esperanças de encontrar alguém que me compreendesse e preenchesse meus pensamentos, você surgiu e cumpriu ambos os papeis. Pena que tenha já tão próximo a minha partida, mas por mais efêmera que tenha sido nossa relação, foi longa o suficiente para que eu nunca me esqueça de você.

Essas palavras embalaram meu pranto seguido do meu sono.
 

Tudo começou há um tempo atrás...

  
Relato de Mateus

Tudo começou em junho de 2007. Festa junina e um frio!!! Em uma roda de amigos e família lá estava eu, a festa quase na metade e a dupla sertaneja Don e Juan cantando. Meus amigos, todos nerds, buscando encontrar alguém pra embalar a noite. Foi quando de repente vimos duas garotas sozinhas conversando, uma morena e uma loira, mas a morena me encantou os olhos, ela alta, com a barriga de fora, parecia uma modelo de tão linda e alta. A loira não me chamou tanto a atenção, mas a morena ahh!! Minha mãe foi à frente e perguntou a elas se gostariam de nos conhecer, as meninas olharam pra gente e com a cabeça afirmaram que sim. Estávamos em grupo de cinco garotos, eu, Diego, Douglas, Filype e Flávio. Diego foi à frente, seguido pelo resto da turma; eu fui o último a ser apresentado, acho que sou o mais tímido, não disse muitas coisas, mas logo vi que alguns olhares foram trocados. Meu amigo Flávio deu umas investidas, mas sem sucesso. Então ela puxou conversa comigo e descobri que ela gostava de Coldplay e que se chamava Raquel, mas gostava que a chamassem de Rachel. Eu disse que faltava menos de um mês para eu ir embora de Belo Horizonte por ter passado em um concurso. Conversamos um pouco, dançamos e conversamos mais. Ao final da festa eu já estava indo embora com a minha família quando a minha irmã sugeriu que tirássemos uma foto, eu e ela. Fiquei vermelho de vergonha e ela aceitou, sentamos um do lado do outro e ela me abraçou, minha mãe interveio e perguntou se não íamos dar um beijinho, um selinho apenas; ela pegou a mão tampou nosso rosto e me deu um beijo, rápido, foi apenas um toque nos meus lábios, mas desde então eu não parei de pensar naquela garota que gostava de Coldplay e americanizava seu nome. Despedimos-nos, tinha apenas gravado seu MSN, nada mais. Meus amigos ficaram na festa e perguntaram o que ela achou de mim e conseguiram seu telefone...

Relato de Raquel

Fiquei pensando naquele beijo, naquele nerd, engraçado como são as coisas, como de repente elas acontecem. Bom, um dia depois dessa noite eu estava na casa da minha amiga em um churrasco, meu telefone tocou e veio uma voz, até hoje lembro: Olá, tudo bem? É o Mateus que te conheceu ontem à noite na festa junina. Queria te convidar pra sair comigo, você aceita? Eu disse que sim e sorri. Ah, tudo bem, depois eu te ligo pra confirmar aonde vamos, tudo bem? Ok, disse eu. Desliguei alegre, como se aquele telefonema fosse significar algo que eu ainda não sabia. Bom, esperei até que ele me retornasse e marcamos de sair, fomos a um restaurante na Pampulha, conversamos e nos conhecemos mais. Depois fomos pra orla admirar a noite, eu quase o beijei, mas ele me evitava (é, ele me evitava), estava bem tímido, pedi que ele me levasse até o ponto de ônibus e tentei dar um outro beijo e ele virou a cara. Fiquei morrendo de vergonha, mas tudo bem, pensei que fosse a timidez. Combinamos de sair, dessa vez no dia dos namorados 12 de junho de 2007. Combinamos de nos encontrar no Shopping Del Rey, ele chegou estava voltando do trabalho e eu o abracei e recebi um cartão, não tinha nada escrito por ele, mas achei fofo. Conversamos muito, rimos, tomamos refrigerante, conversamos... Quase no final do encontro ele resolveu pegar na minha mão, suei frio, a situação era outra, eu que fiquei tímida na hora, decidimos ir embora então. Eu abri um chocolate e comecei a comer, andamos em direção ao meu ponto, eu estava ansiosa, ele pegou meu rosto e disse antes que eu me arrependa novamente. Me beijou! Era um beijo tímido, mas cheio de descobertas e com um sentimento novo incluso, nos beijamos mais de uma vez, mas já estava tarde e eu me despedi. Entrei no ônibus e fiquei com uma chuva de pensamentos na cabeça! Ah! Quando já estava quase em casa recebi uma mensagem Obrigada pelo melhor dia dos namorados da minha vida! Vou sonhar com você. Acho que não preciso dizer mais nada, né?